quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

DE COMO A COMPULSÃO GERA TEXTOS

Primeiro post. Primeiro dia do ano. Quinta tentativa de escrita. 
Fazer um texto inicial para blog já deveria ser minha especialidade, levando em consideração minha longa -e próspera- vida na blogosfera. Mas não, eu estou encarando esse espaço em branco há vários minutos, sem a menor ideia do que fazer. Desisti de criar algo tão genial que mudaria completamente o rumo da humanidade, e me conformei em escrever o que vier a mente. 
A verdade é que eu deveria ter comprado um diário para meus 15/16 anos, mas não o fiz. Deve ter sido o dia quente nessa cidadezinha que eu insisto em chamar de minha, quando na verdade eu já me mudei há muito. Ou talvez seja apenas aquela velha e boa preguiça que se apossa de mim nas férias...a questão é que eu não tenho papel, mas o espírito compulsivo de pseudo-escritora não descansa. 
Escrever.
Defeito ou não, eu tenho essa necessidade. Deve ser por isso que eu continuo usando a minha agenda de 2013, crio estórias e mais estórias no bloco de notas do meu celular, e presenteio minha mãe com textos todos os anos. 
Diferente de muitos eu escrevo para mim, na verdade eu escrevo para tirar de mim. Adoro ser ouvida, lida, entendida. Mas prefiro a sensação de terminar algo tendo em mente que ninguém precisa saber para ser importante.
Eu. As palavras. E os sentimentos.
Poético, não? Quem vê assim não pensa que isso tudo vem da garota estranha da sala, que fala coisas sem sentido e termina com um "deixa pra lá" (desculpa Luis, mas você tem que entender que na maioria das vezes eu não estou falando com você, e sim pensando em voz alta). É que as aparências enganam. O blog, por exemplo, com esse nome poderia ser muito bem uma espécie de portal educativo, mas não. É só um site que eu criei para convencer a mim mesma de que eu não precisava ir na papelaria na quarta, comprar uma agenda, e ser arcaica usando o papel para dizer todo o meu nada. 
Sei que não faz sentido, mas a minha minha vida também é assim e eu ainda não desisti dela.